E, quando tempo você acha que passa divagando? A resposta é: provavelmente, metade da sua vida!
Segundo uma pesquisa da Universidade de Harvard, passamos quase 50% do nosso dia pensando no que não estamos fazendo no momento. Além disso, geralmente nos sentimos ansiosos, com emoções negativas ou sentimentos de infelicidade enquanto estamos mentalmente divagando.
Por outro lado, quando estamos conscientes do que estamos fazendo, como ao perceber o sabor do que comemos, ou observar a paisagem de onde estamos – mesmo que seja uma sala simples com uma janela – tendemos a nos sentirmos mais plenos, satisfeitos e felizes.
É justamente isso que mindfulness, ou atenção plena, faz: nos traz de volta à consciência do que está acontecendo. Desta forma, mindfulness pode ajudar você a dobrar a sua expectativa de vida “vivida”.
Mindfulness, ou Atenção Plena, refere-se a duas coisas:
Por ser uma característica do ser humano, a psicologia entende que algumas pessoas são mais “mindful”, ou que possuem mais atenção plena do que outras. Por outro lado, sendo uma habilidade, também se entende que mindfulness pode ser desenvolvido, aprimorado, mediante treinamento. Isso nos leva à segunda forma de definir mindfulness.
Mindfulness também se refere à prática que ajuda a desenvolver a qualidade mental da atenção plena. Neste caso, é comum dar o nome de meditação mindfulness para as técnicas que desenvolvem a atenção plena. Embora alguns autores chamam a prática de meditação mindfulness, esse é um nome genérico.
De forma mais específica, pode-se dizer que a prática de mindfulness é formada por duas técnicas principais: Atenção Focada e
Monitoramento Aberto. A técnica de Atenção Focada consiste em estreitar o foco da concentração para um objeto, enquanto a
prática de Monitoramento Aberto consiste em expandir o foco atencional para tudo o que surge, internamente e externamente.
O treinamento nestas técnicas, realizado de forma sistemática, ajuda a desenvolver a habilidade de mindfulness. Portanto, a prática da meditação mindfulness complementa o estado mental mindfulness.
Os resultados mostraram o crescimento da produção científica sobre o tema nos últimos 30 anos. A pesquisa retornou mais de 15 mil publicações sobre mindfulness entre os anos de 1960 e 2019. Só no ano de 2019 foram 2.690 publicações científicas. Até maio de 2020 já houveram 1.023 trabalhos divulgados.
Mindfulness não é uma prática inócua. Isso quer dizer que mindfulness atua no cérebro e sobre aspectos psicológicos como pensamento, emoções e comportamentos da pessoa.
Outro efeito é a regulação emocional, ou seja, lidar com sentimentos e ajustar nosso comportamento às emoções. Isso está relacionado com os efeitos de mindfulness no cérebro, nas regiões do córtex pré-frontal na amígdala.
Por ser uma característica do ser humano, qualquer pessoa pode praticar. Alguns exemplos de indicações são:
Pessoas saudáveis que desejam melhorar a qualidade de vida, o bem-estar e o equilíbrio emocional.
Estudantes, vestibulandos e concurseiros que desejam melhorar foco e concentração e equilibrar estudos com autocuidado.
Pessoas que desejam potencializar a criatividade, ou aprimorar habilidades como comunicação, relacionamento interpessoal e inteligência emocional.
Profissionais que desejam equilibrar as demandas do trabalho e da vida pessoal e familiar.
Líderes e gestores que desejam melhorar suas habilidades de gestão e tomar decisões mais conscientes.
Pessoas que desejam prevenir doenças mentais, como ansiedade, depressão.
Pessoas com condições de saúde mental ou física crônicas que desejam aliviar ou lidar melhor com os sintomas.
Pessoas que cuidam de outras pessoas (cuidadores) e que desejam manejar o estresse e cuidar de sua saúde mental.
Ficou interessado em participar de programa de mindfulness?
Você também pode esclarecer outras dúvidas sobre mindfulness em nosso post de perguntas mais frequentes.
Se ainda tiver dúvidas, entre em contato conosco e ficaremos felizes em conversar com você!